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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 52º DIA MUNDIAL DA PAZ (1º DE JANEIRO DE 2019)


A Boa Política Está ao Serviço da Paz

 1. «A Paz Esteja Nesta Casa! »
Jesus, ao enviar em missão os seus discípulos, disse-lhes: «Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: “A paz esteja nesta casa! ” E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós» (Lc 10, 5-6).
Oferecer a paz está no coração da missão dos discípulos de Cristo. E esta oferta é feita a todos os homens e mulheres que, no meio dos dramas e violências da história humana, esperam na paz. [1] A «casa», de que fala Jesus, é cada família, cada comunidade, cada país, cada continente, na sua singularidade e história; antes de mais nada, é cada pessoa, sem distinção nem discriminação alguma. E é também a nossa «casa comum»: o planeta onde Deus nos colocou a morar e do qual somos chamados a cuidar com solicitude.
Eis, pois, os meus votos no início do novo ano: «A paz esteja nesta casa! »

2. O Desafio da Boa Política
A paz parece-se com a esperança de que fala o poeta Carlos Péguy; [2] é como uma flor frágil, que procura desabrochar por entre as pedras da violência. Como sabemos, a busca do poder a todo o custo leva a abusos e injustiças. A política é um meio fundamental para construir a cidadania e as obras do homem, mas, quando aqueles que a exercem não a vivem como serviço à coletividade humana, pode tornar-se instrumento de opressão, marginalização e até destruição.
«Se alguém quiser ser o primeiro – diz Jesus – há de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35). Como assinalava o Papa São Paulo VI, «tomar a sério a política, nos seus diversos níveis – local, regional, nacional e mundial – é afirmar o dever do homem, de todos os homens, de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, para procurarem realizar juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade». [3]
Com efeito, a função e a responsabilidade política constituem um desafio permanente para todos aqueles que recebem o mandato de servir o seu país, proteger as pessoas que habitam nele e trabalhar para criar as condições dum futuro digno e justo. Se for implementada no respeito fundamental pela vida, a liberdade e a dignidade das pessoas, a política pode tornar-se verdadeiramente uma forma eminente de caridade.

3. Caridade e Virtudes Humanas Para uma Política ao Serviço dos Direitos Humanos e da Paz
O Papa Bento XVI recordava que «todo o cristão é chamado a esta caridade, conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na pólis. (…). Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político. (…) A ação do homem sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui para a edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde caminha a história da família humana».[4] Trata-se de um programa no qual se podem reconhecer todos os políticos, de qualquer afiliação cultural ou religiosa, que desejam trabalhar juntos para o bem da família humana, praticando as virtudes humanas que subjazem a uma boa ação política: a justiça, a equidade, o respeito mútuo, a sinceridade, a honestidade, a fidelidade.
A propósito, vale a pena recordar as «bem-aventuranças do político», propostas por uma testemunha fiel do Evangelho, o Cardeal vietnamita Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, falecido em 2002:
. Bem-aventurado o político que tem uma alta noção e uma profunda consciência do seu papel.
. Bem-aventurado o político de cuja pessoa irradia a credibilidade.
. Bem-aventurado o político que trabalha para o bem comum e não para os próprios interesses.
. Bem-aventurado o político que permanece fielmente coerente.
. Bem-aventurado o político que realiza a unidade.
. Bem-aventurado o político que está comprometido na realização duma mudança radical.
. Bem-aventurado o político que sabe escutar.
. Bem-aventurado o político que não tem medo. [5]
Cada renovação nos cargos eletivos, cada período eleitoral, cada etapa da vida pública constitui uma oportunidade para voltar à fonte e às referências que inspiram a justiça e o direito. Duma coisa temos a certeza: a boa política está ao serviço da paz; respeita e promove os direitos humanos fundamentais, que são igualmente deveres recíprocos, para que se teça um vínculo de confiança e gratidão entre as gerações do presente e as futuras.

4. Os Vícios da Política
A par das virtudes, não faltam infelizmente os vícios, mesmo na política, devidos quer à inépcia pessoal quer às distorções no meio ambiente e nas instituições. Para todos, está claro que os vícios da vida política tiram credibilidade aos sistemas dentro dos quais ela se realiza, bem como à autoridade, às decisões e à ação das pessoas que se lhe dedicam. Estes vícios, que enfraquecem o ideal duma vida democrática autêntica, são a vergonha da vida pública e colocam em perigo a paz social: a corrupção – nas suas múltiplas formas de apropriação indevida dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas –, a negação do direito, a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento ilegal, a justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da «razão de Estado», a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o racismo, a recusa a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos naturais em razão do lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao exílio.

5. A Boa Política Promove a Participação dos Jovens e a Confiança no Outro
Quando o exercício do poder político visa apenas salvaguardar os interesses de certos indivíduos privilegiados, o futuro fica comprometido e os jovens podem ser tentados pela desconfiança, por se verem condenados a permanecer à margem da sociedade, sem possibilidades de participar num projeto para o futuro. Pelo contrário, quando a política se traduz, concretamente, no encorajamento dos talentos juvenis e das vocações que requerem a sua realização, a paz propaga-se nas consciências e nos rostos. Torna-se uma confiança dinâmica, que significa «fio-me de ti e creio contigo» na possibilidade de trabalharmos juntos pelo bem comum. Por isso, a política é a favor da paz, se se expressa no reconhecimento dos carismas e capacidades de cada pessoa. «Que há de mais belo que uma mão estendida? Esta foi querida por Deus para dar e receber. Deus não a quis para matar (cf. Gn 4, 1-16) ou fazer sofrer, mas para cuidar e ajudar a viver. Juntamente com o coração e a inteligência, pode, também a mão, tornar-se um instrumento de diálogo».[6]
Cada um pode contribuir com a própria pedra para a construção da casa comum. A vida política autêntica, que se funda no direito e num diálogo leal entre os sujeitos, renova-se com a convicção de que cada mulher, cada homem e cada geração encerram em si uma promessa que pode irradiar novas energias relacionais, intelectuais, culturais e espirituais. Uma tal confiança nunca é fácil de viver, porque as relações humanas são complexas. Nestes tempos, em particular, vivemos num clima de desconfiança que está enraizada no medo do outro ou do forasteiro, na ansiedade pela perda das próprias vantagens, e manifesta-se também, infelizmente, a nível político mediante atitudes de fechamento ou nacionalismos que colocam em questão aquela fraternidade de que o nosso mundo globalizado tanto precisa. Hoje, mais do que nunca, as nossas sociedades necessitam de «artesãos da paz» que possam ser autênticos mensageiros e testemunhas de Deus Pai, que quer o bem e a felicidade da família humana.

6. Não à Guerra nem à Estratégia do Medo
Cem anos depois do fim da I Guerra Mundial, ao recordarmos os jovens mortos durante aqueles combates e as populações civis dilaceradas, experimentamos – hoje, ainda mais que ontem – a terrível lição das guerras fratricidas, isto é, que a paz não pode jamais reduzir-se ao mero equilíbrio das forças e do medo. Manter o outro sob ameaça significa reduzi-lo ao estado de objeto e negar a sua dignidade. Por esta razão, reiteramos que a escalada em termos de intimidação, bem como a proliferação descontrolada das armas são contrárias à moral e à busca duma verdadeira concórdia. O terror exercido sobre as pessoas mais vulneráveis contribui para o exílio de populações inteiras à procura duma terra de paz. Não são sustentáveis os discursos políticos que tendem a acusar os migrantes de todos os males e a privar os pobres da esperança. Ao contrário, deve-se reafirmar que a paz se baseia no respeito por toda a pessoa, independentemente da sua história, no respeito pelo direito e o bem comum, pela criação que nos foi confiada e pela riqueza moral transmitida pelas gerações passadas.
O nosso pensamento detém-se, ainda e de modo particular, nas crianças que vivem nas zonas atuais de conflito e em todos aqueles que se esforçam por que a sua vida e os seus direitos sejam protegidos. No mundo, uma em cada seis crianças sofre com a violência da guerra ou pelas suas consequências, quando não é requisitada para se tornar, ela própria, soldado ou refém dos grupos armados. O testemunho daqueles que trabalham para defender a dignidade e o respeito das crianças é extremamente precioso para o futuro da humanidade.

7. Um Grande Projeto de Paz
Celebra-se, nestes dias, o septuagésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada após a II Guerra Mundial. A este respeito, recordemos a observação do Papa São João XXIII: «Quando numa pessoa surge a consciência dos próprios direitos, nela nascerá forçosamente a consciência do dever: no titular de direitos, o dever de reclamar esses direitos, como expressão da sua dignidade; nos demais, o dever de reconhecer e respeitar tais direitos».[7]
Com efeito, a paz é fruto dum grande projeto político, que se baseia na responsabilidade mútua e na interdependência dos seres humanos. Mas é também um desafio que requer ser abraçado dia após dia. A paz é uma conversão do coração e da alma, sendo fácil reconhecer três dimensões indissociáveis desta paz interior e comunitária:
– a paz consigo mesmo, rejeitando a intransigência, a ira e a impaciência e – como aconselhava São Francisco de Sales – cultivando «um pouco de doçura para consigo mesmo», a fim de oferecer «um pouco de doçura aos outros»;
– a paz com o outro: o familiar, o amigo, o estrangeiro, o pobre, o atribulado…, tendo a ousadia do encontro, para ouvir a mensagem que traz consigo;
– a paz com a criação, descobrindo a grandeza do dom de Deus e a parte de responsabilidade que compete a cada um de nós, como habitante deste mundo, cidadão e ator do futuro.
A política da paz, que conhece bem as fragilidades humanas e delas se ocupa, pode sempre inspirar-se ao espírito do Magnificat que Maria, Mãe de Cristo Salvador e Rainha da Paz, canta em nome de todos os homens: A «misericórdia [do Todo-Poderoso] estende-se de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes (…), lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre» (Lc 1, 50-55).
Vaticano, 8 de dezembro de 2018.
________________________

[1] Cf. Lc 2, 14: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado».
[2] Cf. Le Porche du mystère de la deuxième vertu (Paris 1986).
[3] Carta ap. Octogesima adveniens (14/V/1971), 46.
[4] Carta enc. Caritas in veritate (29/V/2009), 7.
[5] Cf. «Discurso na Exposição-Encontro “Civitas” de Pádua»: Revista 30giorni (2002-nº 5).
[6] Bento XVI, Discurso às Autoridades do Benim (Cotonou, 19/XI/2011).
[7] Carta enc. Pacem in terris (11/IV/1963), 24 (44).

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

CARTA DO PAPA FRANCISCO - AO POVO DE DEUS


«Um membro sofre? Todos os outros membros sofrem com ele» (1 Co 12, 26). Estas palavras de São Paulo ressoam com força no meu coração ao constatar mais uma vez o sofrimento vivido por muitos menores por causa de abusos sexuais, de poder e de consciência cometidos por um número notável de clérigos e pessoas consagradas. Um crime que gera profundas feridas de dor e impotência, em primeiro lugar nas vítimas, mas também em suas famílias e na inteira comunidade, tanto entre os crentes como entre os não-crentes. 
Olhando para o passado, nunca será suficiente o que se faça para pedir perdão e procurar reparar o dano causado. 
Olhando para o futuro, nunca será pouco tudo o que for feito para gerar uma cultura capaz de evitar que essas situações não só não aconteçam, mas que não encontrem espaços para serem ocultadas e perpetuadas. A dor das vítimas e das suas famílias é também a nossa dor, por isso é preciso reafirmar mais uma vez o nosso compromisso em garantir a protecção de menores e de adultos em situações de vulnerabilidade.

1. Um membro sofre?
Nestes últimos dias, um relatório foi divulgado detalhando aquilo que vivenciaram pelo menos 1.000 sobreviventes, vítimas de abuso sexual, de poder e de consciência, nas mãos de sacerdotes por aproximadamente setenta anos. 
Embora seja possível dizer que a maioria dos casos corresponde ao passado, contudo, ao longo do tempo, conhecemos a dor de muitas das vítimas e constamos que as feridas nunca desaparecem e nos obrigam a condenar veementemente essas atrocidades, bem como unir esforços para erradicar essa cultura da morte; as feridas “nunca prescrevem”. 
A dor dessas vítimas é um gemido que clama ao céu, que alcança a alma e que, por muito tempo, foi ignorado, emudecido ou silenciado. Mas seu grito foi mais forte do que todas as medidas que tentaram silenciá-lo ou, inclusive, que procuraram resolvê-lo com decisões que aumentaram a gravidade caindo na cumplicidade. 
Clamor que o Senhor ouviu, demonstrando, mais uma vez, de que lado Ele quer estar. O cântico de Maria não se equivoca e continua a se sussurrar ao longo da história, porque o Senhor se lembra da promessa que fez a nossos pais: «dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias» (Lc 1, 51-53), e sentimos vergonha quando percebemos que o nosso estilo de vida contradisse e contradiz aquilo que proclamamos com a nossa voz.
Com vergonha e arrependimento, como comunidade eclesial, assumimos que não soubemos estar onde deveríamos estar, que não agimos a tempo para reconhecer a dimensão e a gravidade do dano que estava sendo causado em tantas vidas. Nós negligenciamos e abandonamos os pequenos. 
Faço minhas as palavras do então Cardeal Ratzinger quando, na Via Sacra escrita para a Sexta-feira Santa de 2005, uniu-se ao grito de dor de tantas vítimas, afirmando com força: «Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele! Quanta soberba, quanta autossuficiência!... A traição dos discípulos, a recepção indigna do seu Corpo e do seu Sangue é certamente o maior sofrimento do Redentor, o que Lhe trespassa o coração. 
Nada mais podemos fazer que dirigir-Lhe, do mais fundo da alma, este grito: Kyrie, eleison – Senhor, salvai-nos (cf. Mt 8, 25)» (Nona Estação).

2. Todos os outros membros sofrem com ele.
A dimensão e a gravidade dos acontecimentos obrigam a assumir esse facto de maneira global e comunitária. Embora seja importante e necessário em qualquer caminho de conversão tomar conhecimento do que aconteceu, isso, em si, não basta. Hoje, como Povo de Deus, somos desafiados a assumir a dor de nossos irmãos feridos na sua carne e no seu espírito. 
Se no passado a omissão pôde tornar-se uma forma de resposta, hoje queremos que seja a solidariedade, entendida no seu sentido mais profundo e desafiador, a tornar-se o nosso modo de fazer a história do presente e do futuro, num âmbito onde os conflitos, tensões e, especialmente, as vítimas de todo o tipo de abuso possam encontrar uma mão estendida que as proteja e resgate da sua dor (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 228). 
Essa solidariedade exige que, por nossa vez, denunciemos tudo o que possa comprometer a integridade de qualquer pessoa. Uma solidariedade que exige a luta contra todas as formas de corrupção, especialmente a espiritual «porque trata-se duma cegueira cómoda e autossuficiente, em que tudo acaba por parecer lícito: o engano, a calúnia, o egoísmo e muitas formas subtis de autorreferencialidade, já que “também Satanás se disfarça em anjo de luz” (2 Cor 11, 14)» (Exort. ap. Gaudete et exultate, 165). 
O chamado de Paulo para sofrer com quem sofre é o melhor antídoto contra qualquer tentativa de continuar reproduzindo entre nós as palavras de Caim: «Sou, porventura, o guardião do meu irmão?» (Gn 4, 9).
Reconheço o esforço e o trabalho que são feitos em diferentes partes do mundo para garantir e gerar as mediações necessárias que proporcionem segurança e protejam à integridade de crianças e de adultos em situação de vulnerabilidade, bem como a implementação da “tolerância zero” e de modos de prestar contas por parte de todos aqueles que realizem ou acobertem esses crimes. Tardamos em aplicar essas medidas e sanções tão necessárias, mas confio que elas ajudarão a garantir uma maior cultura do cuidado no presente e no futuro.
Juntamente com esses esforços, é necessário que cada batizado se sinta envolvido na transformação eclesial e social de que tanto necessitamos. Tal transformação exige conversão pessoal e comunitária, e nos leva dirigir os olhos na mesma direção do olhar do Senhor. São João Paulo II assim o dizia: «se verdadeiramente partimos da contemplação de Cristo, devemos saber vê-Lo sobretudo no rosto daqueles com quem Ele mesmo Se quis identificar» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 49). 
Aprender a olhar para onde o Senhor olha, estar onde o Senhor quer que estejamos, converter o coração na Sua presença. Para isso nos ajudarão a oração e a penitência. Convido todo o Povo Santo fiel de Deus ao exercício penitencial da oração e do jejum, seguindo o mandato do Senhor[1], que desperte a nossa consciência, a nossa solidariedade e o compromisso com uma cultura do cuidado e o “nunca mais” a qualquer tipo e forma de abuso.
É impossível imaginar uma conversão do agir eclesial sem a participação activa de todos os membros do Povo de Deus. Além disso, toda vez que tentamos suplantar, silenciar, ignorar, reduzir em pequenas elites o povo de Deus, construímos comunidades, planos, ênfases teológicas, espiritualidades e estruturas sem raízes, sem memória, sem rostos, sem corpos, enfim, sem vidas[2]. 
Isto se manifesta claramente num modo anômalo de entender a autoridade na Igreja - tão comum em muitas comunidades onde ocorreram as condutas de abuso sexual, de poder e de consciência - como é o clericalismo, aquela «atitude que não só anula a personalidade dos cristãos, mas tende também a diminuir e a subestimar a graça batismal que o Espírito Santo pôs no coração do nosso povo»[3]. 
O clericalismo, favorecido tanto pelos próprios sacerdotes como pelos leigos, gera uma ruptura no corpo eclesial que beneficia e ajuda a perpetuar muitos dos males que denunciamos hoje. Dizer não ao abuso, é dizer energicamente não a qualquer forma de clericalismo.
É sempre bom lembrar que o Senhor, «na história da salvação, salvou um povo. Não há identidade plena, sem pertença a um povo. 
Por isso, ninguém se salva sozinho, como indivíduo isolado, mas Deus atrai-nos tendo em conta a complexa rede de relações interpessoais que se estabelecem na comunidade humana: Deus quis entrar numa dinâmica popular, na dinâmica dum povo» (Exort. ap. Gaudete et exultate, 6). 
Portanto, a única maneira de respondermos a esse mal que prejudicou tantas vidas é vivê-lo como uma tarefa que nos envolve e corresponde a todos como Povo de Deus. Essa consciência de nos sentirmos parte de um povo e de uma história comum nos permitirá reconhecer nossos pecados e erros do passado com uma abertura penitencial capaz de se deixar renovar a partir de dentro. Tudo o que for feito para erradicar a cultura do abuso em nossas comunidades, sem a participação activa de todos os membros da Igreja, não será capaz de gerar as dinâmicas necessárias para uma transformação saudável e realista. 
A dimensão penitencial do jejum e da oração ajudar-nos-á, como Povo de Deus, a nos colocar diante do Senhor e de nossos irmãos feridos, como pecadores que imploram o perdão e a graça da vergonha e da conversão e, assim, podermos elaborar acções que criem dinâmicas em sintonia com o Evangelho. 
Porque «sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo actual» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 11).
É imperativo que nós, como Igreja, possamos reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas por pessoas consagradas, clérigos, e inclusive por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis. Peçamos perdão pelos pecados, nossos e dos outros. A consciência do pecado nos ajuda a reconhecer os erros, delitos e feridas geradas no passado e permite nos abrir e nos comprometer mais com o presente num caminho de conversão renovada.
Da mesma forma, a penitência e a oração nos ajudarão a sensibilizar os nossos olhos e os nossos corações para o sofrimento alheio e a superar o afã de domínio e controle que muitas vezes se torna a raiz desses males. Que o jejum e a oração despertem os nossos ouvidos para a dor silenciada em crianças, jovens e pessoas com necessidades especiais. 
Jejum que nos dá fome e sede de justiça e nos encoraja a caminhar na verdade, dando apoio a todas as medidas judiciais que sejam necessárias. Um jejum que nos sacuda e nos leve ao compromisso com a verdade e na caridade com todos os homens de boa vontade e com a sociedade em geral, para lutar contra qualquer tipo de abuso de poder, sexual e de consciência.
Desta forma, poderemos tornar transparente a vocação para a qual fomos chamados a ser «um sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano» (Conc. Ecum. Vat. II, Lumen gentium, 1).
«Um membro sofre? Todos os outros membros sofrem com ele», disse-nos São Paulo. Através da atitude de oração e penitência, poderemos entrar em sintonia pessoal e comunitária com essa exortação, para que cresça em nós o dom da compaixão, justiça, prevenção e reparação. Maria soube estar ao pé da cruz de seu Filho. Não o fez de uma maneira qualquer, mas permaneceu firme de pé e ao seu lado. Com essa postura, Ela manifesta o seu modo de estar na vida. 
Quando experimentamos a desolação que nos produz essas chagas eclesiais, com Maria nos fará bem «insistir mais na oração» (cf. S. Inácio de Loiola, Exercícios Espirituais, 319), procurando crescer mais no amor e na fidelidade à Igreja. Ela, a primeira discípula, nos ensina a todos os discípulos como somos convidados a enfrentar o sofrimento do inocente, sem evasões ou pusilanimidade. Olhar para Maria é aprender a descobrir onde e como o discípulo de Cristo deve estar.
Que o Espírito Santo nos dê a graça da conversão e da unção interior para poder expressar, diante desses crimes de abuso, a nossa compunção e a nossa decisão de lutar com coragem.

Papa Francisco
Cidade do Vaticano, 20 de Agosto de 2018.


[1] «Esta espécie de demónios não se expulsa senão à força de oração e de jejum» Mt 17, 21. [2] Cf. Carta do Santo Padre Francisco ao Povo de Deus que peregrina no Chile, 31 de Maio de 2018. [3] Carta do Papa Francisco ao Cardeal Marc Ouellet, Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, 19 de Março de 2018.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

PROGRAMAÇÃO DO ENCERRAMENTO DIOCESANO DA SEMANA DA FAMÍLIA 2018.



“A família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito”. (Exortação Apostólica Amoris Laetitia, 29) 

Prezado Bispo Dom Mauro Montagnoli, Presbíteros, Diáconos, Religiosos e Religiosas, Seminaristas, agentes de Pastorais Diocesana e Paroquiais, pastoral familiar.

A família humana tem a sua origem em Deus que entrou na história dos homens através da família. O senhor nos amou com um coração humano e nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós,
Cada família é convidada a descobrir e desemprenhar a sua missão de ser promotora da vida, fé, esperança e amor, com vistas a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária.
Verdadeiramente o evangelho é alegria para o mundo e todas as famílias, e nesse ano do laicato, cada batizado é chamado a ser “luz e sal da terra” assumindo o protagonismo de discípulos missionários, que semeiam a boa semente do reino,
Como sabemos acontecerá nas paroquias da nossa Diocese, a Semana da Família, de 12 a 18 de agosto do corrente ano, sendo o encerramento Diocesano, no dia 19, na cidade de Coaraci, em razão do “Jubileu de Ouro”, da paroquia Nossa Senhora de Lourdes.
Com alegria contamos com o Bispo Diocesano, todos os presbíteros e suas comunidades, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, os agentes da pastoral familiar, leigos e leigas das mais diversas pastorais, grupos e movimentos. Como família cristã, devemos estar sempre unidos e proclamar a todos os designos de Deus sobre o matrimonio e a família.
Para viabilizar o deslocamento sugerimos que as caravanas mantenham contato com Alessandro da Rota Transporte em Itabuna – setor turismo. (tel. 3214-6850/ 3214-6817)
Sua presença é fundamental.

Atenciosamente, 
Diácono Permanente Marcos Magalhães.
Assessor Eclesiástico da Pastoral Familiar da Diocese de Ilhéus.


PROGRAMAÇÃO PARA O ENCERRAMENTO DIOCESANO DA SEMANA DA FAMILIA 2018.

LOCAL: PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LOURDES (COARACI)

DATA: 19/08 (Domingo)
08:00 - Acolhimento dos zonais no Clube Social de Coaraci
08:20h - Café, ponto de apoio
08:40 -  Momento de louvor  "Ministério de Coaraci"
09:00 – Boas Vindas  e abertura  ( Padre Ednilson) 
09:15 – Entronização da Imagem da Sagrada Família e
                   - Oração da Sagrada Família (Dom Mauro)
09:30 – 1ª  Palestra - O Evangelho da Família, alegria para o mundo
                     Casal Palestrante (Tico e Vera - Arquidiocese de Salvador)
10:20 –Intervalo e animação
10:40 - 2ª Palestra – A vivencia do amor no matrimônio e na família
                     Casal palestrante (Tico e Vera - Arquidiocese de Salvador)
11:30 - Plenária
12:00 – Ângelus
12:10 - Almoço, 
13:30 - Show e Apresentações
14:30 - Avisos e Agradecimentos
14:50 - Oração final
15:00 - Caminhada da Família (do Clube Social para a Igreja Matriz)
15:30 - Missa de encerramento Presidida por Dom Mauro, Padres e Diáconos Concelebrantes.
16:30 - Retorno e uma Boa Viagem a Todos...

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Mensagem do Bispo Diocesano de Ilhéus - Dom Mauro Montagnoli


 
Dia do Padre 2018

Meus caros
Encaminho essa carta sobre a saúde de Pade Nilton. 
Conto com a generosidade e solidariedade de cada um junto com a comunidade paroquial para cuidarmos do nosso querido Padre Nilton.
Deus os abençoe.
Dom Mauro Montagnoli
Bispo Diocesano de Ilhéus
Padre Nilton  Conceição
 Estimado Irmão Presbítero e Comunidade Paroquial;
No mês de agosto, rezamos e refletimos sobre as diversas vocações. No primeiro domingo, recordamos a vocação sacerdotal e rezamos por todos os padres da nossa Diocese de Ilhéus. Reunidos em Assembleia litúrgica elevamos a Deus a oração da Igreja em favor de todos os presbíteros.
Como Igreja, somos família de Deus, um espaço de ajuda recíproca, de solidariedade e fraternidade, de disponibilidade para servir, amparar e ajudar. Um lugar no qual, somos movidos, antes de mais nada pela caridade de Cristo, e por Ele somos despertados para a caridade e a cuidado com o próximo.
Como família diocesana, precisamos neste ano de modo especial cuidar do nosso querido Padre Nilton  Conceição (Foto acima), que desde 2015, vem passando por tratamentos oncológicos em Salvador e São Paulo. No inicio do mês de agosto próximo precisará se submeter a mais uma etapa do tratamento em São Paulo com uma equipe de especialistas - procedimento com radio ablação no ilíaco. Este tratamento não se encontra disponível na cobertura do seu plano de saúde e é quase inexistente pelo SUS; sendo que o mesmo acarreta um custo muito elevado.
Por isso, movidos pela caridade de Cristo, solicitamos fraternalmente aos nossos padres e paroquianos uma ajuda de R$740,00 por Paróquia. Sugerimos como motivação para a arrecadação dessa oferta a Coleta da Fraternidade Presbiteral a ser realizada no dia 05 de agosto - Domingo das Vocações Sacerdotais. Caso este valor não seja alcançado neste dia, seja completado pela Paróquia e/ou pelo Padre. O referido valor deverá ser encaminhado à Cúria Diocesana. Dados da Conta: Banco da Brasil – Diocese de Ilhéus Ag. 0019-1  CC 50084-4 e informar a dona Vera Sá.
Todos nós somos chamados a aderir incondicionalmente a Jesus Cristo pela fé e a assemelhar-nos a Ele pelo amor. A fé e o amor modelam em nós a forma de Cristo, ou seja, imprimem em nós seus sentimentos, atitudes e valores mais profundos. Na unidade da fé, na força do amor e na ternura do cuidado, “tenhamos em nós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5).
Deus abençoe a todos!

Ilhéus Ba, 14 de julho de 2018

Dom Mauro Montagnoli
Bispo de Ilhéus
Pe. Edson Hagge Leandro
Representante do Clero de Ilhéus

sexta-feira, 13 de julho de 2018

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO - II DIA MUNDIAL DOS POBRES



Este pobre grita e o Senhor o escuta
 1. «Este pobre grita e o Senhor o escuta» (Sl 34,7). As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de “pobres”. Quem escreve aquelas palavras não é estranho a esta condição; bem pelo contrário. Faz experiência direta da pobreza e, apesar disso, transforma-a num cântico de louvor e de agradecimento ao Senhor. Também a nós hoje, imersos em tantas formas de pobreza, este salmo permite que compreendamos quem são os verdadeiros pobres para os quais somos chamados a dirigir o olhar, para escutar o seu grito e conhecer as suas necessidades.
É-nos dito, antes de mais, que o Senhor escuta os pobres que clamam por Ele e que é bom para com os que n’Ele procuram refúgio, com o coração despedaçado pela tristeza, pela solidão e pela exclusão. Escuta os que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de levantar o olhar para as alturas, para receber luz e conforto. Escuta os que são perseguidos em nome de uma falsa justiça, oprimidos por políticas indignas deste nome e atemorizados pela violência; mesmo assim sabem que têm em Deus o seu Salvador. O que emerge desta oração é, antes de mais, o sentimento de abandono e de confiança num Pai que escuta e acolhe. Em sintonia com estas palavras podemos compreender mais a fundo o que Jesus proclamou com a bem aventurança: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus» (Mt 5,3).
Em virtude desta experiência única e, sob muitos aspetos, imerecida e impossível de se exprimir plenamente, sente-se, no entanto, o desejo de a comunicar a outros, antes de mais aos que, como o salmista, são pobres, rejeitados e marginalizados. Com efeito, ninguém pode sentir-se excluído pelo amor do Pai, especialmente num mundo que frequentemente eleva a riqueza ao primeiro objetivo e que faz com que as pessoas se fechem em si mesmas.
2. O salmo caracteriza com três verbos a atitude do pobre e a sua relação com Deus. Antes de mais, “gritar”. A condição de pobreza não se esgota numa palavra, mas torna-se um grito que atravessa os céus e chega até Deus. Que exprime o grito dos pobres, que não seja o seu sofrimento e a sua solidão, a sua desilusão e esperança? Podemos perguntar-nos: como é que este grito, que sobe até à presença de Deus, não consegue chegar aos nossos ouvidos e nos deixa indiferentes e impassíveis? Num Dia como este, somos chamados a fazer um sério exame de consciência, de modo a compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres.
É do silêncio da escuta que precisamos para reconhecer a voz deles. Se falarmos demasiado, não conseguiremos escutá-los. Muitas vezes, tenho receio que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, estejam mais orientadas para nos satisfazer a nós mesmos do que para acolher realmente o grito do pobre. Nesse caso, no momento em que os pobres fazem ouvir o seu grito, a reação não é coerente, não é capaz de entrar em sintonia com a condição deles. Está-se tão presos na armadilha de uma cultura que obriga a olhar-se ao espelho e a acudir de sobremaneira a si mesmos, que se considera que um gesto de altruísmo pode ser suficiente para deixar satisfeitos, sem se deixar comprometer diretamente.
3. Um segundo verbo é “responder”. O Senhor, diz o salmista, não só escuta o grito do pobre, como também responde. A sua resposta, como está atestado em toda a história da salvação, é uma participação cheia de amor na condição do pobre. Foi assim, quando Abraão apresentava a Deus o seu desejo de ter uma descendência, apesar de ele e a mulher Sara, já idosos, não terem filhos (cf. Gn 15,1-6). Aconteceu quando Moisés, através do fogo de uma sarça que ardia sem se consumir, recebeu a revelação do nome divino e a missão de tirar o povo do Egito (cf. Ex 3,1- 15). E esta resposta confirmou-se ao longo de todo o caminho do povo no deserto: quando sentia os flagelos da fome e da sede (cf. Ex 16,1-16; 17,1-7) e quando caía na pior miséria, que é a da infidelidade à aliança e da idolatria (cf. Ex 32,1-14). A resposta de Deus ao pobre é sempre uma intervenção de salvação para cuidar das feridas da alma e do corpo, para repor a justiça e para ajudar a recuperar uma vida com dignidade.
A resposta de Deus é também um apelo para que quem acredita n’Ele possa proceder de igual modo, dentro das limitações do que é humano. O Dia Mundial dos Pobres pretende ser uma pequena resposta que, de toda a Igreja, dispersa por todo mundo, é dirigida aos pobres de todos os tipos e de todas as terras para que não pensem que o seu grito tenha caído no vazio. Provavelmente, é como uma gota de água no deserto da pobreza; e, contudo, pode ser um sinal de partilha para com os que estão em necessidade, para sentirem a presença ativa de um irmão e de uma irmã. Não é de um ato de delegação que os pobres precisam, mas do envolvimento pessoal de quem escuta o seu grito. A solicitude dos crentes não pode limitar-se a uma forma de assistência – mesmo se esta é necessária e providencial num primeiro momento –, mas requer aquela «atenção de amor» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 199) que honra o outro enquanto pessoa e procura o seu bem.
4. Um terceiro verbo é “libertar”. O pobre da Bíblia vive com a certeza que Deus intervém a seu favor para lhe restituir a dignidade. A pobreza não é procurada, mas é criada pelo egoísmo, pela soberba, pela avidez e pela injustiça. Males tão antigos como o homem, mas mesmo assim continuam a ser pecados que implicam tantos inocentes, conduzindo a consequências sociais dramáticas. A ação com a qual o Senhor liberta é um ato de salvação para com os que Lhe apresentaram a sua tristeza e angústia. As amarras da pobreza são quebradas pelo poder da intervenção de Deus. Muitos salmos narram e celebram esta história da salvação que encontra correspondência na vida pessoal do pobre: «Ele não desprezou nem repeliu a angústia do pobre, nem escondeu dele a sua face, mas atendeu-o quando Lhe pediu socorro» (Sl 22,25). Poder contemplar a face de Deus é sinal da sua amizade, da sua proximidade, da sua salvação. «Pusestes os olhos na minha miséria e conhecestes as angústias da minha vida; […] colocastes os meus pés num lugar espaçoso» (Sl 31,8-9). Dar ao pobre um “lugar espaçoso” equivale a libertá-lo do “laço do caçador” (cf. Sl 91,3), a retirá-lo da armadilha montada no seu caminho, para que possa caminhar desimpedido e encarar a vida com olhar sereno. A salvação de Deus toma a forma de uma mão estendida ao pobre, que oferece acolhimento, protege e permite sentir a amizade de que precisa. É a partir desta proximidade concreta e palpável que tem início um genuíno percurso de libertação: «Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe que sejamos dóceis e atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 187).
5. Para mim é um motivo de comoção saber que tantos pobres se identificaram com Bartimeu, de quem fala o evangelista Marcos (cf. 10,46-52). O cego Bartimeu «estava sentado a pedir esmola à beira do caminho» (v. 46) e, tendo ouvido dizer que Jesus estava a passar, «começou a gritar» e a invocar o «Filho de David» para que tivesse piedade dele (cf. v. 47). «Muitos repreendiam-no para que se calasse, mas ele gritava cada vez mais» (v. 48). O Filho de Deus escutou o seu grito: «“Que queres que Eu te faça?”. E o cego respondeu-Lhe: “Rabuni, que eu veja de novo”» (v. 51). Esta página do Evangelho torna visível o que o salmo anunciava como promessa. Bartimeu é um pobre que se encontra privado de capacidades fundamentais, como ver e trabalhar. Quantos percursos, também hoje, conduzem a formas de precariedade! A falta de meios elementares de subsistência, a marginalidade quando se deixa de estar no pleno das próprias forças de trabalho, as diversas formas de escravidão social, apesar dos progressos levados a cabo pela humanidade… Quantos pobres, como Bartimeu, estão hoje à beira da estrada e procuram um sentido para a sua condição! Quantos são os que se interrogam sobre o porquê de ter chegado ao fundo deste abismo e sobre o modo de sair dele! Esperam que alguém se aproxime deles e diga: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te» (v. 49).
Infelizmente, verifica-se com frequência que, pelo contrário, as vozes que se ouvem são as da repreensão e do convite a calar-se e aguentar. São vozes desafinadas, muitas vezes determinadas por uma aversão aos pobres, considerados não apenas como pessoas indigentes, mas também como gente que traz insegurança, instabilidade, desorientação das atividades diárias e, por isso, gente que deve ser rejeitada e mantida ao longe. Há uma tendência a criar distância entre nós e eles, e não nos damos conta que, deste modo, nos tornamos distantes do Senhor Jesus que não os rejeita, mas os chama a Si e os consola. Como soam apropriadas neste caso as palavras do profeta sobre o estilo de vida do crente: «quebrar as cadeias injustas, desatar os laços da servidão, pôr em liberdade os oprimidos, destruir todos os jugos […], repartir o pão com o faminto, dar pousada aos pobres sem abrigo, levar roupa aos que não têm que vestir» (Is 58,6-7). Este modo de agir permite que o pecado seja perdoado (cf. 1Pe 4,8), que a justiça faça o seu caminho e que, quando formos nós a gritar ao Senhor, Ele responda e diga: “Estou aqui!” (cf. Is 58,9).
6. Os pobres são os primeiros a estar habilitados para reconhecer a presença de Deus e para dar testemunho da sua proximidade na vida deles. Deus permanece fiel à sua promessa e, mesmo na escuridão da noite, não deixa que falte o calor do seu amor e da sua consolação. Contudo, para superar a opressiva condição de pobreza, é necessário que eles se se apercebam da presença de irmãos e irmãs que se preocupam com eles e que, ao abrir a porta do coração e da vida, fazem com que eles se sintam amigos e familiares. Apenas deste modo podemos descobrir «a força salvífica das suas vidas» e «colocá-los no centro do caminho da Igreja» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 198).
Neste Dia Mundial somos convidados a tornar concretas as palavras do salmo: «Os pobres hão de comer e serão saciados» (Sl 22,27). Sabemos que, no templo de Jerusalém, depois do rito do sacrifício, tinha lugar o banquete. Em muitas dioceses, esta foi uma das experiências que, no ano passado, enriqueceu a celebração do primeiro Dia Mundial dos Pobres. Muitos encontraram o calor de uma casa, a alegria de uma refeição festiva e a solidariedade dos que quiseram partilhar a mesa de maneira simples e fraterna. Gostaria que, também este ano, bem como no futuro, este Dia fosse celebrado com a marca da alegria pela redescoberta capacidade de estar juntos. Rezar juntos em comunidade e partilhar a refeição no dia de domingo. Uma experiência que nos leva de volta à primeira comunidade cristã, que o evangelista Lucas descreve com toda a sua originalidade e simplicidade: «Os irmãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. […] Todos os que haviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam propriedades e bens e distribuíam o dinheiro por todos, conforme as necessidades de cada um» (At 2,42.44-45).
7. São inúmeras as iniciativas que, todos os dias, a comunidade cristã leva a cabo para dar um sinal de proximidade e de conforto às muitas formas de pobreza que estão diante dos nossos olhos. Muitas vezes, a colaboração com outras realidades, que têm como motor não a fé, mas a solidariedade humana, consegue prestar uma ajuda que, sozinhos, não poderemos realizar. Reconhecer que, no imenso mundo da pobreza, mesmo a nossa intervenção é limitada, frágil e insuficiente leva a estender as mãos aos outros, para que a colaboração recíproca possa atingir o objetivo de maneira mais eficaz. Somos movidos pela fé e pelo imperativo da caridade, mas sabemos reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade que se propõem em parte os mesmos objetivos; desde que não descuidemos o que nos é próprio, isto é, levar todos até Deus e à santidade. O diálogo entre as diversas experiências e a humildade de prestar a nossa colaboração, sem qualquer espécie de protagonismos, é uma resposta adequada e plenamente evangélica que podemos realizar.
Diante dos pobres não se trata de jogar para ter a primazia da intervenção, mas podemos reconhecer humildemente que é o Espírito quem suscita gestos que são sinal da resposta e da proximidade de Deus. Quando descobrimos o modo de nos aproximarmos dos pobres, sabemos que a primazia Lhe pertence a Ele que abriu os nossos olhos e o nosso coração à conversão. Não é de protagonismo que os pobres precisam, mas de amor que sabe esconder-se e esquecer o bem realizado. Os verdadeiros protagonistas são o Senhor e os pobres. Quem se coloca ao serviço é instrumento nas mãos de Deus para fazer reconhecer a sua presença e a sua salvação. É São Paulo quem o recorda, quando escreve aos cristãos de Corinto, que competiam entre si nos carismas procurando os mais prestigiosos: «O olho não pode dizer à mão: “Não preciso de ti”; nem a cabeça dizer aos pés: “Não preciso de vós”» (1Cor 12,21). O Apóstolo faz uma consideração importante, observando que os membros do corpo que parecem mais fracos são os mais necessários (cf. v. 22); e que os que «nos parecem menos honrosos cuidamo-los com maior consideração, e os menos decorosos são tratados com maior decência, ao passo que os que são mais decorosos não precisam de tais cuidados» (vv. 23-24). Ao ministrar um ensinamento fundamental sobre os carismas, Paulo educa também a comunidade para a atitude evangélica para com os seus membros mais fracos e necessitados. Longe dos discípulos de Cristo sentimentos de desprezo e de pietismo para com eles; pelo contrário, são chamados a honrá-los, a dar-lhes precedência, convictos de que eles são uma presença real de Jesus no meio de nós. «Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40).
8. Aqui compreende-se como o nosso modo de viver é diferente do mundo, que louva, segue e imita os que têm poder e riqueza, ao passo que marginaliza os pobres e os considera um refugo e uma vergonha. As palavras do Apóstolo são um convite para conferir plenitude evangélica à solidariedade para com os membros mais fracos e menos dotados do Corpo de Cristo: «Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele» (1Cor 12,26). Na mesma linha, na Carta aos Romanos exorta-nos: «Alegrai-vos com os que estão alegres, chorai com os que choram. Tende os mesmos sentimentos uns para com os outros. Não aspireis às grandezas, mas conformai-vos com o que é humilde» (12,15-16). Esta é a vocação do discípulo de Cristo; o ideal para o qual se deve tender com perseverança é assimilar cada vez mais em nós os «sentimentos de Cristo Jesus» (Flp 2,5).
9. Uma palavra de esperança torna-se o epílogo natural para o qual a fé orienta. Muitas vezes, são mesmo os pobres a colocar em crise a nossa indiferença, filha de uma visão da vida, demasiado imanente e ligada ao presente. O grito do pobre é também um grito de esperança com a qual ele dá mostras da certeza de ser libertado. A esperança, que se alicerça no amor de Deus que não abandona quem n’Ele confia (cf. Rm 8,31-39). Escrevia Santa Teresa de Ávila no seu Caminho de Perfeição: «A pobreza é um bem que encerra em si todos os bens do mundo; assegura-nos um grande domínio; quero dizer que nos torna senhores de todos os bens terrenos, uma vez que nos leva a desprezá-los» (2,5). É na medida em que somos capazes de discernir o verdadeiro bem que nos tornamos ricos diante de Deus e sábios diante de nós mesmos e dos outros. É mesmo assim: na medida em que se consegue dar um sentido justo e verdadeiro à riqueza, cresce-se em humanidade e torna-se capazes de partilha.
10. Convido os irmãos bispos, os sacerdotes e, de modo particular, os diáconos, a quem foram impostas as mãos para o serviço aos pobres (cf. At 6,1-7), juntamente com as pessoas consagradas e tantos leigos e leigas que nas paróquias, nas associações e nos movimentos tornam palpável a resposta da Igreja ao grito dos pobres, a viver este Dia Mundial como um momento privilegiado de nova evangelização. Os pobres evangelizam-nos, ajudando-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair no vazio esta oportunidade de graça. Neste dia, sintamo-nos todos devedores para com eles, para que, estendendo reciprocamente as mãos um ao outro, se realize o encontro salvífico que sustenta a fé, torna eficaz a caridade e habilita a esperança para prosseguir com firmeza pelo caminho em direção ao Senhor que vem.

Vaticano, 13 de junho de 2018
Memória litúrgica de Santo António de Pádua

sábado, 26 de maio de 2018

DEUS –TRINDADE, Fonte e Origem de Toda Vida

Toda religião tem em seu centro a fé, a crença em Deus. Com a nossa fé cristã, não é diferente. Somos cristãos e no centro desta nossa identidade, está a nossa crença em Deus. 

Nós, cristãos, cremos que nosso Deus não é alguém solitário, egoísta, fechado em um mundo de autossuficiente glória e satisfação. Trata-se, ao contrário, de um Deus que é comunhão de vida, participação de felicidade, família de amor, movimento de liberdade. Nosso Deus é comunhão-unidade de três pessoas distintas que se amam tanto e tão bem que são um só Deus. 

A distinção das pessoas divinas não as leva a se dividirem e se isolarem umas das outras, mas, ao contrário, é exatamente nessa distinção que se encontra a riqueza de sua unidade. Por outro lado, a comunhão das três pessoas não as leva a se confundirem e se misturarem, mas, ao contrário, é precisamente nessa comunhão que se encontra a beleza de sua diversidade. Em suma, em Deus-Trindade, temos união que não é uniformidade, temos diversidade que não é divisão. É comunhão, mas não confusão. É distinção, mas não anarquia. 

Trata-se de um modo único de ser e viver. Só Deus é assim. Nós humanos não conseguimos viver essa perfeição e plenitude. Por causa de nossa natureza criada e, portanto, limitada no tempo e no espaço, frágil, insegura e mortal, e, principalmente, por causa de nosso pecado e, portanto, pela insistência em ver, querer e decidir tudo de modo egoísta, nós humanos não conseguimos viver a plenitude do amor. Quantas vezes queremos impor nossas idéias, e obrigar a todos a pensar e viver do mesmo modo! Querendo comunhão, impomos uniformidade, reprimimos as diferenças, excluímos quem não se encaixa em nossos esquemas. Quantas vezes queremos estimular as diferenças, mas na verdade criamos anarquia, desigualdades, fazendo com que as distinções e diferenças nos levem à divisão e à discórdia, a brigas e guerras! 

Só Deus é comunhão na diversidade de três pessoas. Unidade na Trindade, isto é, unidade de natureza, de essência, de ser; por isso: um só Deus. Trindade na Unidade, isto é, trindade de pessoas; por isso: três modos distintos de ser o mesmo Deus, de o mesmo Deus ser. Só Deus é assim! Esse é o mistério fundamental do cristianismo, mistério de fé que dá sentido a tudo o que somos e pensamos, a tudo o que queremos e fazemos em vista de um mundo mais justo, de uma sociedade mais igualitária, de um povo mais livre. Mistério em que encontramos nossa origem, nosso sentido e nossa meta. Desse mistério viemos, nele vivemos, para ele vamos (At 17,28; Ef 4,6). É o mistério que nos cria para a vida e a liberdade, nos envolve em seu amor e alegria, nos atrai para sua comunhão e plenitude. 

Deus-Trindade é mistério de fé, isto é, uma provocação constante à nossa inteligência, mas principalmente ao nosso coração, no sentido de que somos chamados a viver e a ser como ele. Criados que somos à imagem de Deus, temos dentro de nós a semente e o impulso da comunhão. Criados distintos uns dos outros, pela sexualidade, pela cultura, pelo temperamento, pela constituição física e psicológica, as distinções entre nós não existem para nos dividir e excluir-nos uns aos outros, mas para comungarmos uns com os outros o grande desafio da vida, do modo como Jesus nos ensinou: viver é amar e servir, é dar a vida, é lutar para que todos tenham vida plena (Mt 20,28; Jo 10,10). 

Por isso, quanto mais nos amarmos uns aos outros, mais seremos imagem de Deus-Trindade, mais iremos compreendendo, também com a inteligência, o grande mistério de Deus-Trindade, fonte e origem de toda a vida. Pois, como nos ensinou João: “todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus”. Mas, “aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 Jo 4,7-8). 

Se amamos a Deus, como resposta ao grande amor que ele tem por nós, somos levados ao desejo de conhecê-lo. É ele mesmo quem nos dá o amor e o conhecimento de si. Não se trata, portanto, de um conhecimento simplesmente científico, asséptico, racional, como de um objeto do qual destrinchamos o sentido e o valor, sobre o qual elaboramos teorias. Trata-se, ao invés, de um conhecimento dialogal, experiencial, testemunhal, em que somos estimulados e atraídos a buscá-lo, a amá-lo mais que tudo. 

O conhecimento de Deus e do seu mistério trinitário passa mais pelo amor do que pela inteligência, mais pelo coração que pelo cérebro, mais pela fé que pela razão. Melhor dizendo, vai do amor para a inteligência, do coração para o cérebro, da fé para a razão. É um conhecimento que dinamiza todas as nossas faculdades, energiza todos os nossos sentidos, fascina todo o nosso ser. 

Deus-Trindade pode ser de algum modo concebido por nosso coração e nossa razão, porque, nesse processo de conhecimento, ele é quem toma a iniciativa de dar-se a conhecer, ele é quem nos busca e nos abre o coração e a mente para desejá-lo, ele é quem se revela a nós. Partimos, portanto, de algo dado, o dom de sua revelação. Partimos do grande dom que foi a vinda do Filho Eterno à nossa história, para então vislumbrar aperitivos, acenos da manifestação dos três nos acontecimentos e palavras de sua revelação ao povo de Israel e para reconhecer os sinais da presença e ação dos três na obra da criação. Partimos do presente que o Pai nos deu, seu Filho amado, para então divisar a atuação dos três nas culturas e religiões e para comungar sua vida na intimidade da Igreja. Partimos da manifestação humana da divindade em Jesus de Nazaré, para então entrevermos o quão humanos e divinos já somos, o quanto cada um de nós é chamado a realizar-se e ser realizado no serviço aos irmãos e irmãs e na adoração do único Deus. 

Assim, se ainda não tivéssemos percebido e experimentado a beleza e a gratuidade do amor e do conhecimento de Deus, ao menos por interesse pessoal e comunitário deveríamos nos dar a essa tarefa. Pois, quanto mais o conhecermos com o coração e o cérebro, quanto mais o amarmos com todas as forças e acima de todas as coisas, quanto mais deixarmos que Ele seja Deus e se revele a nós como Deus, em sua comunhão trinitária de amor, mais seremos humanos, menos egoístas, mais solidários e comunitários, menos desumanos e insensíveis. Quanto mais n'Ele crermos, mais seremos salvos, mais libertados de amarras egoístas, de medos e inseguranças, mais libertados das mazelas sociais da injustiça e da violência, da discriminação e da exclusão. O mistério central da fé é também o mistério central da salvação. 

Não podemos, por isso, deixar de aceitar o desafio de conhecer Aquele que nos ama com amor eterno, em suas três divinas pessoas: nosso Pai-Mãe em quem temos amparo, segurança e proteção; nosso Irmão, Amigo e Salvador, que por nós se fez homem, morreu e ressuscitou; nosso Advogado e Consolador, que nos anima e fortalece a permanecer firmes na fé, solícitos na caridade e corajosos na esperança. Enfim, o Deus que dá sentido à nossa/minha humanidade. 

Desde toda a eternidade o Pai envia o Filho que voltando ao Pai envia o Espírito. Deus, portanto, está acima de nós (Pai), ao nosso lado caminhando conosco (Filho) e dentro de nós, inspirando-nos e guiando-nos para o serviço e o amor aos irmãos (Espírito Santo). O Deus Uno e Trino que hoje celebramos nos envia a construir e fazer acontecer a comunhão que é sua vida mesmo.

Por: Maria Clara Lucchetti Bingemer 

Publicada em Newsletter IHU | 25-05-2018

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Vem aí.... o 6° Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação – PASCOM


O 6° Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação – PASCOM, acontecerá no período de 19 a 22 de julho, em Aparecida – SP. O tema é “Comunicação e Igreja”, e é um momento em que agentes do Brasil todo trocam experiências.
O encontro é promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Para fazer as Inscrições [Clique Aqui] 

Segue abaixo a programação

Dia 19/07/2018

16:00 – Credenciamento

19:00 – Cerimônia de Abertura

20:00 – Conferência: O caminho da comunicação na Igreja – Ir. Joana Puntel

Dia 20/07/2018

07:30 – Celebração Eucarística

08:45 – Conferência: A vivência comunicacional na Igreja na América Latina – Ricardo Alvarenga

09:45 – Intervalo

10:15 – Painel – Leitura crítica da mídia em tempos de Fake News (Elson Faxina) – A Rádio como instrumento de evangelização e integração da comunidade (Jessé Barbosa)

11:15 – Plenária

12:00 – Momento dos Regionais

12:15 – Almoço

14:00 – Seminários

19:00 – Jantar

20:00 – Noite cultural – Cerimônia de Entrega dos Prêmios de Comunicação da CNBB

Dia 21/07/2018

07:30 – Celebração Eucarística

08:45 – Conferência: Uma Pastoral para a Comunicação (Dom Leomar Brustolin)

09:45Intervalo

10:15 – Painel – Perspectivas sobre a comunicação católica no Brasil – Moisés Sbardelotto (Perspectivas para a Pastoral da Comunicação a partir do Diretório de Comunicação) e Pe. Rafael Vieira (Assessoria de Imprensa na Igreja)

11:15 – Plenária

12:00 – Momento dos Regionais

12:15 – Almoço

14:00 – Seminários

17:30 – Lançamento de Livros

18:00 – Encerramento

18:30 – Noite Livre

Dia 22 de julho

08:00 – Celebração Eucarística no Santuário de Aparecida

09:45 – Conferência: A Igreja e o período eleitoral: orientações pastorais – Pe. Paulo Renato

10:30 – Momento dos Regionais

11:00 – Cerimônia de Encerramento

12:00 – Almoço