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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

A Transição Católica e o Crescimento da Secularização na América Latina.



[EcoDebate] O Instituto Latinobarômetro divulgou, em 12 de janeiro de 2018, por ocasião da visita do Papa Francisco ao Chile, uma pesquisa sobre as tendências religiosas, especialmente do catolicismo, na América Latina e Caribe (ALC). A América Latina tinha 4 países onde a Igreja Católica possuía uma representação abaixo de 50% da população em 2013 e passou para 7 países, em 2017. No conjunto, o catolicismo está passando de altas para baixas taxas de afiliação na região.

O gráfico acima mostra que os católicos representavam 80% da população da ALC (18 países) em 1995, caiu para 70% em meados da década passada e atingiu o nível mais baixo, de 59%, em 2017. Oito países estavam acima da média e dez países abaixo da média. O destaque dos países mais católicos são o Paraguai (89%) e México (80%). Mas os católicos representavam mais de 60% da população no Equador, Peru, Colômbia, Bolívia, Venezuela e Argentina.

Abaixo da média (de 59% da ALC) em 2017, mas acima de 50%, estavam a Costa Rica (57%), Panamá (55%) e Brasil (54%). Abaixo da média, mas acima de 40%, estavam República Dominicana (48%), Chile (45%), Guatemala (43%) e Nicarágua (40%). Já abaixo de 40% estavam El Salvador (39%), Uruguai (38%) e Honduras (37%).

Nota-se que o Chile vinha apresentando uma leve tendência de queda da presença católica na população total até 2010, mas a perda de fiéis se acelerou depois de 2011, particularmente após o caso Karadima, que se refere às denúncias de abuso sexual e pedofilia contra o sacerdote chileno Fernando Karadima, da paróquia El Bosque, da comuna de Providência. Entre 1995 e 2009 a queda da presença católica no Chile foi de 74% para 65% (queda de 9 pontos em 14 anos). Mas de 2009 a 2017 a queda foi de 20 pontos em oito anos.

A tabela abaixo mostra como foi a perda das filiações católicas nos 17 países da ALC entre 1995 e 2017 e o aumento de 77% para 80% no México, no mesmo período. A maior queda ocorreu em Honduras, onde os católicos caíram de 76% em 1995 para 37% em 2017, uma perda impressionante de 39% em 22 anos. Se essa tendência se mantiver, os católicos desaparecerão de Honduras nos próximos 21 anos.

A perda de filiações católicas também foi muito acima da média na Nicarágua (queda de 37% em 22 anos) e no Panamá (queda de 34%). Em El Salvador a queda foi um pouco menor (de 29% em 22 anos), mas isto porque a presença católica já era relativamente pequena em 1995, sendo que ficou em apenas 40% em 2017.

O Chile (queda de 29%) e o Brasil (queda de 25%) também apresentaram grande queda entre 1995 e 2017, mas a queda do Chile foi maior na segunda década do século XXI, sendo que os católicos chilenos já perderam a maioria absoluta. A Argentina continua bem mais católica do que o Brasil e o Chile, mas a perda de católicos tem se dado no ritmo de 1% ao ano. Neste ritmo os católicos argentinos podem perder a maioria absoluta no espaço de 15 anos. O único país em que os católicos se fortaleceram, no período, foi o México.


Cabe indicar que o Uruguai se destaca não só como o segundo país menos católico da região, mas também como um dos mais secularizados, ou seja, com maior presença de pessoas que se declaram sem religião, agnósticos ou ateus.

O gráfico abaixo mostra o crescimento do percentual de pessoas que se declaram sem religião na ALC. Percebe-se que os sem religião mais do que quadruplicaram, passando de 4% em 1995 para 18% em 2017. A novidade desta nova pesquisa do Latinobarômetro é que o Chile tomou o lugar do Uruguai como o país mais secularizado da região.

As pessoas que não optaram por qualquer religião, em 2017, atingiu 35% no Chile, 31% no Uruguai, 30% em El Salvador, 28% na República Dominicana, 25% na Nicarágua e assim por diante, sendo que os sem religião estavam em 14% no Brasil (o que coincide com uma pesquisa do Datafolha de dezembro de 2016). Bolívia e Paraguai são os dois países menos secularizados. Ao contrário do Brasil, a queda do percentual de católicos no Uruguai e no Chile não foi acompanhada por um aumento significativo dos evangélicos.



O Brasil é o maior país católico do mundo e a ALC é o continente mais católico do Planeta. A queda acentuada de católicos poderá ter uma grande implicação para a correlação de forças internacionais entre as grandes religiões globais. Parece que o Papa Francisco – primeiro Pontífice latino-americano – não está conseguindo reverter essa situação e o Chile é um exemplo de desgaste da Igreja católica.

O fato é que algo está mudando no continente e o catolicismo está em declínio entre os povos que foram colonizados e convertidos a partir do ano de 1492.

Referências:

ALVES, JED. A transição religiosa na América Latina e no Brasil, Ecodebate, RJ, 31/05/2017

ALVES, JED. O panorama das mudanças religiosas na América Latina, Ecodebate, RJ, 14/06/2017

ALVES, JED. Secularização e pluralidade na América Latina, Ecodebate, RJ, 20/09/2017

ALVES, JED. O Papa Francisco sob fogo cruzado e com baixa popularidade no Chile, Ecodebate, RJ, 19/01/2017

LATINOBAROMETRO. El Papa Francisco y la Religión en Chile y América Latina – Latinobarometro 1995-2017

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Menino viveu com feto do irmão gêmeo no estômago por 15 anos: entenda caso raro


Em um caso raro no meio médico, um jovem abrigou o feto de seu irmão gêmeo dentro do corpo por 15 anos. Ele precisou passar por uma cirurgia para que a "massa" localizada em seu abdômen fosse retirada.
Conhecida como "gêmeo parasita" ou fetus-in-fetu, a condição se dá por uma má-formação durante a concepção dos bebês. É como se eles fossem siameses, mas um dos fetos se forma dentro do corpo do outro.

Adolescente com feto dentro do abdômen
O caso aconteceu no Hospital Sultan Abdul Halim Hospital, na Malásia, e foi publicado no jornal científico British Medical Journal.
Segundo a publicação, o menino de 15 anos apresentavam uma massa localizada no abdômen e reclamava de dores na região desde a infância.

Características do feto
O feto que se hospedou em seu corpo era alimentado por uma rede vascular, o que aumentou o nível de complexidade da cirurgia, e já apresentava crânio, vértebras, ossos, ainda que com deformações, cabelo, órgão genital masculino, olhos e pele.
Segundo os médicos, o bebê não-viável pesava 1,6 kg, não tinha boca, nem placenta ou cordão umbilical.

© bluebay/Shutterstock feto dna formacao 0118 400x800
Como se forma?
De acordo com o artigo científico, a má-formação pode acontecer quando um gêmeo monozigótico (idêntico ao irmão) se incorpora ao corpo do outro feto devido a uma falha divisão dos zigotos.
Ele, então, se torna parasita e é alimentado pelo irmão. O caso só é reconhecido como fetus-in-fetu quando é possível identificar coluna vertebral; se não, ele é identificado como um "teratoma", tumor formado por uma mistura heterogênea de tecidos (epitelial, ósseo, muscular, cartilaginoso).
A formação geralmente acontece no abdômen, mas também pode se desenvolver em outras partes do corpo do hospedeiro como cabeça, boca e escroto (bolsa que contém os testículos).
Em alguns casos, é possível identificar o fetus-in-fetu ainda na gravidez, em exames pré-natal.

Cirurgia para retirada do feto
A identificação do fetus-in-fetu pode ser feita com um raio-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou ultrassom. Para retirar o feto, o paciente precisou passar por uma laparotomia, cirurgia na cavidade abdominal.
O bebê foi entregue à família para a realização de um ritual funerário e o adolescente passa bem, segundo a publicação.
Fonte: Site MSN